Depois de algumas horas de estrada para o retorno, cansaço, etc..., etc..., resta apenas aquela gostosa sensação de dever cumprido. O II EBVMA foi um sucesso. Mais de 50 viaturas se fizeram presentes.Na sexta-feira pela manhã comparecemos na formatura do Parque Regional de Manutenção. Neste trajeto que atravessa a cidade de Curitiba nosso comboio foi escoltado por 10 batedores da Polícia do Exército e da Polícia Militar. Quem já participou de um comboio pelo centro da cidade sabe que é de arrepiar, com batedores fechando os cruzamentos e com as sirenes abertas é indescritível. Por onde o comboio passava, as pessoas saiam das lojas, iam para as janelas acompanhar nosso deslocamento.

Neste ano o pessoal se esmerou na apresentação e os trajes de época foram a sensação. O maior destaque foi para os uniformes de paraquedistas da WWII, da 101st Airborne, a famosa Screaming Eagles. O Barone foi um caso a parte, tinha todos os tipos de uniforme, era um de manhã, outro a tarde. No dia seguinte não repetia. O homem é um verdadeiro entusiasta da WWII. A noite onde o frio foi de rachar no parque Bariguí (deve ter chegado a uns 7º C), fizemos um churrasco para engraxar o bigode, regado a graspa (cachaça de bagaço de uva, típica da Itália e regiões aqui do sul do país) e caipirinha com limão e mel providenciados pelo Seferson Steindorff. Só assim para aguentar o vento frio que cortava a pele. Se com aquele friozinho a gente já estava "batendo queixo" imagina o que nossos pracinhas passaram nos Apeninos em trincheiras cheias de lama e neve e chovendo bala.....

O II EBVMA não foi só exposição, encontro de velhos amigos e confraternização. O ponto alto foi a parte histórica, cultural (na minha opinião). No sábado aconteceu a Mesa Redonda com os veteranos da FEB onde estes deram depoimentos emocionados do que foi a participação do Brasil na WWII e fizeram muitos dos presentes verterem lágrimas. A enfermeira Virgínia mal conseguia falar tal a emoção durante seu depoimento onde relatou o atendimento aos feridos. A tarde tivemos outra grande palestra com a Major Enfermeira Elza Cansanção, a primeira voluntária do Brasil para a WWII. Esta palestra foi muito emocionante. Os presentes aplaudiram de pé. A Major Elza é uma patriota. Se nossos governantes tivessem 10% do patriotismo desta mulher nosso País seria muito, mas muito melhor. O encontro com os Febianos, ouvir os seus depoimentos, ver a emoção em seus olhos foi algo único. Por quanto tempo teremos esta oportunidade???

Deixo aqui os parabéns ao pessoal da ABPVM e da BPVMA que não mediram esforços para que este encontro fosse um sucesso. Deixaram seus afazeres profissionais, pessoais e familiares de lado para nos recepcionar de braços e coração aberto.